A menina que queria ser professora
29/abr/2019
O que dizer de um sonho realizado?
O início de uma trajetória que se torna realidade e o orgulho de fazer 65 anos dedicados à educação de nossos filhos.
Sim, essa é a história do Colégio Stocco.
Tudo começou com a terceira filha de dez irmãos, em Cordeirópolis, onde iniciou o estudo primário, hoje fundamental. Em Viradouro, interior de São Paulo, terminou a 4º série em 1930.
Sabemos que antigamente era muito difícil continuar os estudos e foi isso que aconteceu. Dos dez aos quinze anos, nossa menina sonhadora parou de estudar. Sabia que esse grande sonho estava cada vez mais distante. Mas aos poucos o curso do rio de sua vida foi mudando.
Seu pai foi premiado com um bilhete de loteria e, com isso, pôde continuar seus estudos. Terminou a 8º série com 24 anos de idade.
Morando em Santo André, aos 26 anos, finalmente matriculou-se na escola onde a faria professora. Formou-se em 1947, casou-se e iniciou sua carreira no “Grupo Escolar Gabriel Oscar de Azevedo Antunes”, onde lecionou por 30 anos e aposentou-se em 1978.
Em 1954, sua filha, na época com dez anos, precisou de um auxílio para o Curso de Admissão para ingressar no Instituto de Educação Américo Brasiliense. Muito concorrido e com poucas vagas, a auxiliou nos estudos e obteve sucesso.
As mães, ao verem o bom resultado de sua filha, perguntaram onde ela havia se preparado. Foi aí que surgiu a primeira turma de admissão, consequentemente o Colégio Stocco.
Na época, sua casa era onde é nossa arquibancada. Pequena, precisou ampliar, pois estava atendendo 40 crianças em uma sala.
As salas foram aumentando, construíram os prédios, profissionais foram contratados e o Colégio foi crescendo.
E hoje, completamos 65 anos de uma história viva, de um amor à educação, de um alicerce, de persistência, de otimismo e, acima de tudo, afeto.
Agradecemos profundamente fazermos parte dessa história.
E que venham mais anos para comemorarmos esta conquista!
Obrigada, D. Alzira, por nos deixar essa herança de ensinamento e amor.